A ATA




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A ATA (Associação Teatral das Alagoas), instituição reconhecida de Utilidade Pública Estadual e Municipal, com 56 anos de existência. Fundada pela atriz e feminista Linda Mascarenhas, a ATA nestes 56 anos montou diversos espetáculos teatrais entre infantis e adultos, inúmeras performances e intervenções, e espetáculos educativos e para empresas.


 

Linda Mascarenhas -  nasceu a l4 de maio de 1895, no  bairro da Levada em Maceió. filha de Manuel Casário Mascarenhas e Lourença Vieira Mascarenhas. A pequena família era constituída pelos irmãos Noemia Mascarenhas, profesora de Desenho da Escola de Aprendizes Artifícies; Ajalmar Mascarenhas, marechal do ar; Osman Mascarenhas, general do Exército e EdgarMascarenhas, médico. 

Aos 5 anos, Linda já sabia ler corretamente. Em Maceió, estudou no Colégio Imaculada Conceição e aos 13 anos iniciou seus estudos na Escola Normal de Maceió. Estudou latim com Cônego Teófanes de Barros, grego com D. Adelmo Machado e alemão com o Sr. Ludwig Deichen. Lecionou francês, inglês, português, se aposentando como Professora Catedrática da Cadeira de lnglês da Escola Normal de Maceió. 

Em 1932, colaborou com a Dra. Lily Lages na fundação da Federação, Linda promoveu espetáculos teatrais: Miragem, fantasia e Hotel Manguaba, comédia, de Aldemar de Paiva e Nelson Porto, em 1944; O Mistério do Príncipe e O Herdeiro de Naban, operetas infantis de sua autoria, com música e regência do Prof. Luiz Lavenére em 1946 e 1950, respectivamente. 

A 23 de outubro de 1944, fundou com Aldemar de Paiva, Nelson Porto e o apoio das sócias da Federação, o Teatro de Amadores de Maceió, assim denominado a partir de 1954. Linda se dedicou à presidência destes grupos e à direção de cena em substituição a Lima Filho. 

Com a colaboração da ala jovem do Clube de Regatas Brasil (CRB), do ProL Luiz Lavenére e de jovens da sociedade maceioense, Linda fundou a 12 de outubro de 1955, a Associação Teatral das Alagoas (ATA) e foi aclamada presidente perpétua. Na ATA ela dá continidade a seus trabalhos de diretora de cena, dramaturga e em 1956 estréia como atriz, interpretando Lizaveta na peça O Idiota, de Léo Vitor, baseado no romance homônimo de Dostoiewki, sob a direção de Heldon Barroso. 

Em 1956. promoveu pela ATA o Primeiro Concurso Peças Teatrais realizado em Alagoas. Seguindo o exemplo do movimento teatral de Recife, fundou a Associação dos Cronistas Teatrais de Alagoas (ACTA), em 1958; na década de 70 integrou as comissões de fundação da Federação Alagoana de Teatro Amador (FATA) e do Grupo Literário de Alagoas (GLA). Linda Mascarenhas, além da liderança exercida no movimento de teatro amador de Maceió, atuou em festivais de teatro realizados no Nordeste, Rio de Janeiro e Paraná. Nestes, conquistou reconhecimento por sua dedicação ao teatro e se destacou Como atriz, diretora personalidade do Movimento Amador de Teatro Nacional. 

No âmbito do teatro realizado em Maceió, enfrentou preconceitos morais e de classe social, implantou a prática do teatro em "arena", com Eles Não Usam Black Tie, de Guarniere, em 1961. Linda iniciou no palco incontáveis atores amadores que exercem papéis significativos na cidade. Sua vida sempre esteve ligada ao palco, à juventude das Alagoas, à religião católica. 

Linda exerceu papéis de destaque na Ação Católica de Maceió. A última personalidade que Interpretou foi Zulina, na comédia Fazendo Chuva, de Homero Calvacante, em 1983, sob a direção Lauro Gomes. Linda faleceu no dia 9 de Junho de 1991, deixando como herança para os sócios da ATA uma história de dedicação e sonhos; e para a sociedade alagoana, o seu exemplo de trabalho, honradez e amor às Alagoas. 


Fonte: http://www.teatrodeodoro.al.gov.br/linda.htm

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